A soldagem industrial é peça-chave na fabricação e na montagem de estruturas metálicas. Garante junções confiáveis, resistência mecânica e repetibilidade em escala.
O avanço das tecnologias e a pressão por produtividade abriram espaço para vários tipos de soldagens industriais, visando atender a cenários diferentes na linha de produção.
Cada técnica tem comportamento próprio, onde a escolha certa considera material, espessura, geometria da junta, ambiente de trabalho e metas de qualidade.
Com esse ajuste fino, o resultado ganha em segurança, durabilidade e eficiência.
A soldagem MIG/MAG é coringa na indústria, pois entra em linha de produção, manutenção e fabricação sob medida com rapidez e bom acabamento.
O processo é semiautomático: um arco elétrico se forma entre o arame contínuo — que também é o eletrodo — e a peça.
A poça de fusão fica protegida por gás inerte (MIG) ou ativo (MAG), em mistura calibrada para cada material e espessura.
No MIG, o gás é inerte: argônio, hélio ou combinações, enquanto no MAG, entra gás ativo: CO₂ puro ou misturas de argônio com CO₂, ajustadas ao material e à espessura.
O grande trunfo está na deposição. Taxas típicas de 0,6 a 12 kg/h aceleram a produção, mantêm o arco estável e reduzem o retrabalho.
Presente no chão de fábrica automotivo, o MIG/MAG monta chassis, longarinas e peças estruturais com ritmo de linha.
Também é uma escolha frequente em estaleiros para unir chapas e reforços. Em serralherias e metalúrgicas, atende bem aço carbono, inox e alumínio, do protótipo à série.
Funciona em todas as posições de soldagem, do plano ao sobrecabeça. O soldador enxerga bem a poça de fusão, controla melhor a penetração e acerta o cordão com consistência.
A soldagem TIG, também conhecida como GTAW (Gas Tungsten Arc Welding), é considerada um dos tipos de soldagens industriais de mais alta precisão.
Este processo utiliza um eletrodo não consumível de tungstênio para produzir o arco elétrico, com proteção gasosa inerte.
A soldagem TIG produz cordões extremamente limpos, sem respingos ou escória, resultando em soldas de qualidade superior com excelente acabamento.
O processo permite controle térmico localizado, minimizando distorções e sendo ideal para materiais sensíveis ao calor.
Na TIG, o foco é a precisão. É a escolha de rotina no setor aeroespacial para alumínio e titânio em peças críticas.
Também domina em linhas alimentícias e farmacêuticas, onde o acabamento liso facilita a limpeza e inspeção. Em tubulações, entrega cordões limpos e estanques, sem poros.
Adequada para chapas finas, de 0,2 a 3 mm. Trabalha com aço inoxidável, cobre e ligas especiais mantendo controle de calor, mínima deformação e aspecto impecável.
A soldagem com arame tubular representa um dos tipos de soldagens industriais que combina as vantagens da soldagem por arco submerso com a versatilidade do processo MIG/MAG.
Este método utiliza um eletrodo tubular contendo fluxo em seu núcleo.
O processo FCAW oferece alta taxa de deposição, variando de 1,0 a 15 kg/h, superando significativamente a soldagem com eletrodo revestido e até mesmo o processo MIG/MAG.
Esta característica torna o método especialmente atrativo para aplicações que demandam alta produtividade.
Existem dois tipos principais: arames tubulares autoprotegidos, que não necessitam gás de proteção externa, e arames com proteção gasosa dupla.
O processo é utilizado em segmentos como naval e offshore, construção pesada, soldagem de perfis estruturais e fabricação de estruturas de aço carbono e baixa liga.
A soldagem por arco submerso é um dos tipos de soldagens industriais de mais alta produtividade, caracterizada pelo arco elétrico completamente submerso em uma camada de fluxo granulado.
Este processo apresenta alta eficiência de soldagem com taxas de deposição entre 3,0 a 16 kg/h e ciclo de trabalho de 80-95%.
A ausência de arco visível, faíscas e respingos resulta em um ambiente de trabalho mais seguro e limpo.
A soldagem por arco submerso é amplamente utilizada na fabricação de vasos de pressão, plantas químicas, estruturas pesadas, soldagem de tubos e na indústria de construção naval.
O processo é particularmente adequado para soldagem de grandes espessuras em posição horizontal, podendo soldar monopasse até 16 mm de espessura.
A soldagem plasma representa um dos tipos de soldagens industriais mais avançados tecnologicamente, utilizando um arco elétrico constritor estabelecido entre um eletrodo de tungstênio e a peça de trabalho.
Na PAW, o arco é mais concentrado que na TIG, entregando menos distorção, maior velocidade e penetração mais profunda, com repetibilidade de processo.
O plasma mantém o arco estável mesmo em correntes baixas, sendo possível soldar espessuras ultrafinas, a partir de 0,05 mm, com controle térmico preciso e acabamento limpo.
A soldagem a plasma atende praticamente os mesmos metais da TIG, com folga para aços carbono, aços de baixa liga, inox e ligas refratárias.
Garante cordões consistentes e controle térmico fino mesmo em peças delicadas.
No campo, entra em oleodutos e gasodutos. No setor automotivo, arma estruturas e componentes com alta repetibilidade. Em caldeiraria e fabricação de tanques, entrega juntas precisas para equipamentos que pedem tolerâncias apertadas e confiabilidade.
A escolha entre os diferentes tipos de soldagens industriais deve considerar múltiplos fatores:
Os processos automatizados como arco submerso e arame tubular oferecem as maiores taxas de deposição e ciclos de trabalho, sendo ideais para produção em massa.
A soldagem com eletrodo revestido, embora apresente menor produtividade (15-30% de ciclo de trabalho), oferece maior flexibilidade e menor investimento inicial.
Para demandas de alta qualidade e precisão, TIG e plasma se destacam, pois entregam controle apurado do arco e da poça, com acabamento técnico superior.
Em cenários de maior volume e cadência industrial, o MIG/MAG oferece bom equilíbrio entre padrão de junta e produtividade, cobrindo a maioria das aplicações.
Processos como arco submerso e plasma produzem menos fumos e respingos, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro.
A soldagem com arame tubular autoprotegido permite trabalho em condições externas com vento moderado.
MIG/MAG, TIG, arame tubular, arco submerso e plasma formam o núcleo das soluções de soldagem na indústria atual. Cobrem desde produção seriada até fabricação de componentes críticos, com diferentes níveis de automação e controle.
Cada processo apresenta características próprias de penetração, velocidade, acabamento e necessidade de qualificação.
A escolha depende do material, da espessura, da geometria da junta, do ambiente de trabalho e das metas de produtividade, qualidade e custo.
Definir o processo adequado é decisivo para o êxito do projeto. A avaliação deve considerar requisitos técnicos da aplicação, condições operacionais, disponibilidade de insumos e impacto econômico esperado.
O avanço tecnológico mantém esses métodos em evolução, com fontes de energia mais eficientes, melhor controle de arco, consumíveis otimizados e práticas voltadas à sustentabilidade, sem abrir mão de performance e confiabilidade.
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