Nesting e Aproveitamento de Chapas na Mesa CNC. Leia MaisElite

5 de dezembro de 2025

O uso de chapas em processos com mesa CNC está diretamente ligado ao resultado financeiro da empresa. 

Cada área não aproveitada representa desperdício de matéria-prima e impacto sobre a margem de lucro. 

Em muitos casos, a produção entrega os pedidos, a rotina segue normalmente, mas o custo por peça fica mais alto do que deveriaNesting e Aproveitamento de Chapas na Mesa CNC em razão de um aproveitamento ineficiente.

A proposta deste conteúdo é olhar para o nesting com foco em software e retorno sobre investimento (ROI). 

Não se trata apenas de organizar peças em uma chapa, e sim de transformar o processo de corte em um ponto estratégico de economia contínua.

Por que o aproveitamento de chapas impacta tanto o caixa

Em indústrias que trabalham aço, alumínio e outros materiais em chapas, a matéria-prima costuma representar uma parcela importante dos custos. 

Pequenas melhorias no aproveitamento geram diferença relevante no fim do mês.

Algumas consequências de um aproveitamento inadequado:

  • Maior volume de chapas compradas para atender ao mesmo nível de produção.

  • Sobras grandes e pouco versáteis, difíceis de encaixar em novos projetos.

  • Acúmulo de retalhos no estoque, ocupando espaço e dificultando a organização.

  • Cálculo impreciso do custo por peça, afetando a formação do preço de venda.

Quando o nesting é bem conduzido com auxílio de um software especializado, o cenário muda. A mesma demanda pode ser atendida com menor consumo de material, liberando recursos financeiros para outras prioridades do negócio.

O que é nesting e como o software atua

Nesting é o processo de distribuir peças em uma chapa de forma que o corte aproveite ao máximo a área disponível. 

No modelo tradicional, o programador organiza manualmente o layout das peças, utilizando seu conhecimento e experiência, já emNesting e Aproveitamento de Chapas na Mesa CNC operações mais complexas, esse método tende a limitar o potencial de economia.

O software de nesting aplica algoritmos que simulam inúmeras combinações de posicionamento em poucos segundos. 

Entre os parâmetros considerados, geralmente destacam-se::

  • Dimensões das chapas disponíveis.

  • Medidas e formatos das peças.

  • Espessura do corte da ferramenta.

  • Direção de corte, quando o material exige esse cuidado.

  • Limites de rotação das peças.

  • Regras específicas da máquina e do processo produtivo.

Ao final, o sistema gera um plano de corte otimizado, pronto para ser enviado à mesa CNC, reduzindo desperdícios e padronizando o aproveitamento.

Riscos do nesting feito apenas de forma manual

Muitas empresas ainda dependem quase exclusivamente da habilidade do programador para montar o plano de corte. 

Essa prática pode ser suficiente em cenários mais simples, mas tende a gerar limitações à medida que a produção cresce ou a variedade de peças aumenta.

Entre os problemas mais comuns, encontramos:

  • Sobras sem padrão definido, com baixa chance de reaproveitamento.

  • Espaçamentos excessivos entre peças, gerando corredores de material perdido.Nesting e Aproveitamento de Chapas na Mesa CNC

  • Tempo elevado para montar cada plano de corte.

  • Dificuldade de reproduzir o mesmo nível de aproveitamento em lotes futuros.

O conhecimento do profissional continua essencial, porém, o uso de algoritmos dedicados amplia a capacidade de análise e padroniza resultados. 

O papel do software é potencializar a experiência do time, e não substituí-la.

Como avaliar o ROI de um software de nesting

A análise de retorno sobre investimento ajuda a enxergar o software não como custo, mas como ferramenta de redução de despesas e aumento de margem. 

Para isso, alguns indicadores são fundamentais.

  1. Economia de matéria-prima

    • Comparar o consumo de chapas antes e depois da implantação.

    • Acompanhar o índice médio de aproveitamento (por exemplo: 75%, 80%, 85%).

    • Traduzir cada ponto percentual de ganho em quantidade de chapas que deixam de ser compradas.

  2. Diminuição de retrabalho e erros de corte

    • Planos mal dimensionados podem gerar peças faltantes ou cortes incorretos.

    • Esse tipo de falha consome novas chapas, tempo de máquina e mão de obra.

    • Um nesting mais preciso reduz esse ciclo de correções.

  3. Redução do tempo de programação

    • Medir quanto tempo a equipe leva hoje para preparar um plano de corte completo.

    • Verificar a mudança desse indicador com o uso do software.

    • O programador passa a ter mais disponibilidade para ajustes finos, setup e acompanhamento do processo.

  4. Gestão de sobras e retalhos

    • Verificar se o sistema permite cadastrar chapas parciais e retalhos.

    • Analisar quantos projetos passam a ser atendidos utilizando material remanescente.

    • Transformar sobras em parte estruturada da estratégia de economia.

Com esses dados em mãos, torna-se viável calcular em quanto tempo a licença do software se paga.

Exemplo de retorno financeiro

Considere uma fábrica que invista em média R$ 200.000,00 por mês em chapas. 

O aproveitamento atual gira em torno de 75%. Após a implantação de um software de nesting, o índice sobe para 82%.

Na prática, a empresa passa a produzir o mesmo volume de peças utilizando menos material. 

Um ganho de 5% a 7% em aproveitamento aplicado sobre um valor elevado de compras gera economia expressiva ao longo do ano.

Além do impacto direto em matéria-prima, é importante considerar:

  • Menor necessidade de ajustes e paradas da máquina.

  • Queda no volume de retrabalho.

  • Estoque de sobras mais organizado e com maior taxa de reaproveitamento.

Somando esses fatores, o investimento em software tende a se pagar em prazo relativamente curto, dependendo do porte da operação e do custo do material.

Critérios para escolha de um software de nesting

Na hora de selecionar a solução ideal, vale analisar não apenas o preço, mas principalmente o potencial de retorno.

Alguns pontos de atenção:

  • Nível de otimização demonstrado em projetos reais da empresa.

  • Integração com CAD, ERP e com o comando da máquina CNC.

  • Registro estruturado de chapas inteiras e chapas parciais.

  • Relatórios que indiquem aproveitamento, consumo por período e custo estimado por peça.

  • Interface intuitiva para programadores e operadores.

  • Qualidade do suporte técnico e do treinamento oferecido.

Uma ferramenta robusta, mas pouco utilizada pela equipe, gera pouco resultado. 

Quando o software está bem implantado, com processos padronizados e usuários treinados, o potencial de economia se mantém ao longo do tempo.

Integração do nesting com o fluxo de produção

O nesting faz parte de um fluxo maior, que começa no pedido do cliente e termina na expedição. 

Quanto mais integrado o software estiver aos demais sistemas, mais claros se tornam os resultados.

Alguns exemplos de integração prática:

  • Receber do ERP listas de peças de diferentes pedidos e otimizá-las em conjunto.

  • Atualizar automaticamente o estoque de chapas e retalhos após o corte.

  • Gerar indicadores para que o financeiro acompanhe o custo de cada projeto com maior precisão.

Essa visão integrada contribui para reduzir surpresas no fechamento do mês e para apoiar decisões estratégicas de compras e produção.

Conclusão

Em vez de buscar ganhos apenas por meio de aumento de vendas e novos contratos, muitas empresas podem elevar sua margem atuando diretamente na eficiência do uso de chapas na mesa CNC, ou seja, redução de custos.

O nesting, quando tratado como decisão estratégica apoiada por software, deixa de ser uma etapa operacional pouco visível e passa a influenciar o resultado financeiro de forma clara.

Investir em um bom sistema de nesting, integrado ao fluxo de produção e acompanhado por indicadores, é uma forma estruturada de reduzir desperdícios, controlar melhor os custos por peça e extrair mais lucro da mesma capacidade instalada. 

A questão central deixa de ser apenas “quanto custa o software” e passa a ser “quanto a empresa está deixando de economizar a cada corte feito sem essa otimização”.

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